Do Marcelo Freixo
As milícias que atuam no Rio de Janeiro representam um problema que deve ter a mesma relevância para o mundo que o das máfias europeias. O embaixador brasileiro na Espanha, Paulo Cesar de Oliveira Campos, é um que já demonstrou compreender a importância dessa visão para a eficácia no enfrentamento dessa modalidade do crime organizado. Assim ele se manifestou durante conversa com o deputado Marcelo Freixo e com o delegado Vinicius George em Madri, no último 5/10. Mais um resultado positivo da maratona organizada pela Anistia Internacional em busca de apoio no Velho Mundo para a concretização das 58 propostas apresentadas no Relatório Final da CPI das Milícias, da Assembleia Legislativa do Rio.
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“O Rio não pode retroceder. As medidas previstas no relatório precisam ser efetivadas e, para isso, é importante o apoio de todos os países que mantêm relações bilaterais com o Brasil. Esses países precisam pautar o tema das milícias nas suas reuniões, afinal, o Brasil é signatário de diversos tratados internacionais sobre a defesa da democracia e dos direitos humanos”, disse Freixo.
O deputado começou a sua maratona na Alemanha. Passou já pela Holanda, Bélgica e França. A visita a este último país que rendeu, inclusive, uma das mais importantes conquistas da viagem: o compromisso de autoridades europeias, em especial do Ministério francês das Relações Estrangeiras, de incluir o assunto das milícias na pauta das discussões sobre Direitos Humanos na próxima rodada Brasil-União Europeia, no ano que vem.
Da Espanha, Freixo partiu para a Itália nesta quinta-feira (8/10). “Assim como as máfias da Itália nunca foram tratadas como um problema exclusivamente italiano, as milícias do Rio também não são somente problema carioca ou brasileiro”, tem explicado o parlamentar às autoridades do Legislativo e do Executivo dos países europeus por onde tem passado. Na Itália, essa analogia terá um significado ainda mais especial.
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