domingo, 27 de dezembro de 2009

Piraí (RJ) trabalha com nova técnica e recupera viciados


Do O Dia

Psicólogos da prefeitura e do Centro de Atenção Psicossocial vão ao encontro de dependentes de drogas e familiares nas comunidades

Rio - No momento em que a Polícia Federal revela preocupação com o crescimento do consumo e tráfico de crack no Sul Fluminense, cresce também de importância os trabalhos que vêm sendo realizados para evitar que centenas de pessoas possam cair nas armadilhas das drogas e do álcool. Exemplo disso é o trabalho que está sendo realizado pelo Programa de Saúde Mental da prefeitura de Piraí, em parceria com o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), e que já transformou ex-dependentes químicos em novos soldados do projeto, que será levado a todos as unidades do Programa de Saúde da Família do município.

Até então, o trabalho junto a dependentes químicos no município vinha sendo realizado apenas no CAPS, para onde deveriam ser encaminhados os usuários de drogas e álcool que aceitavam buscar a cura do vício. No entanto, estava claro para os responsáveis pelo programa que a maior dificuldade para as famílias era conseguir levar o dependente até o CAPS. Por essa razão, o trabalho começou a ser feito junto nas próprias comunidades, junto às famílias e os próprios dependentes.

Na primeira comunidade a receber o programa foi realizado o encontro de profissionais da Unidade de Saúde com familiares e dependentes químicos da região. Organizado pelas psicólogas Rosa Maria Martins e Paloma Zidan, do CAPS. A reunião contou também com a presença de moradores de cinco bairros vizinhos. Com experiência adquirida pelo programa que desenvolvem há anos no CAPS, as psicólogas estão certas de que ir ao encontro da comunidade, para mostrar às famílias e aos dependentes que a cura é possível, é o melhor caminho para tentar reduzir as estatísticas crescentes do consumo e tráfico de drogas no município. Um desses ex-usuários é João Evangelista Martins, que chegou a perder uma vista por causa do alcoolismo.

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