Por Cecília Olliveira
Desde ontem (29.07) os noticiários tratam do impasse Rio-Paraná como ‘residência’ de alguns dos líderes do tráfico carioca. Paraná cansou e quer devolvê-los. Rio não quer as laranjas podres pra não contaminar seu (pra lá de falido) sistema prisional. Desde então, os presos têm vivido numa versão policialesca do filme “O Terminal”, entre um vôo e outro, um aeroporto e outro.
Pois bem. Que tráfico de drogas é um crime federal, todos sabem. Ok e ponto final. Esta discussão simplesmente não está em pauta. Ou, ao menos, não deveria ser o foco. Existe diferença entre o presídio de segurança máxima e ‘os convencionais’? Claro. Existe presídio federal e estadual? Sim. O problema é que os convencionais não são penitenciárias, são abrigos. E assim é que é a maioria das prisões estaduais. E dependendo do naipe do presidiário, pode ser até uma colônia de férias. Lá, você pode tudo. Inclusive continuar no comando do seu negócio, em pleno exercício, por assim dizer.
O xilindró paranaense de Catanduvas ficou conhecido como o presídio modelo brasileiro, o “OZ Brazil”. Até o bravo guerreiro, Fernandinho Beira-Mar, hóspede 001, tremeu diante dele. Compreendo, a partir desta tangente, que presos como Isaías da Costa, Ricardo Chaves e Marco Antônio Firmino, cumpram suas penas lá. Apenas por esta tangente.
Eles foram enviados pra lá em 2007, depois de serem acusados de comandar, de dentro de uma cadeia no Rio de Janeiro, a queima de ônibus e ataques a postos policiais, fechando num saldo de 10 mortos, às vésperas do réveillon de 2006.
O simples fato de a justiça os acusar de comandar tais ações violentas de dentro da cadeia, nos permite deduzir a falência deste modelo de instituição, colocado em xeque há décadas pelos especialistas no tema, o que é veementemente ignorado pelos governantes que escolhemos.
Diante deste toma-lá-dá-cá prisional o que fica claro mesmo é o despreparo, a ignorância (leia-se dos eleitos e dos eleitores) e o velho sofá na sala.
As palavras do governador do Rio, Sérgio Cabral, ditas ao portal G1, foram as seguintes: “Achei uma decisão desrespeitosa com a população do Rio, que sofreu barbaramente com os atentados provocados sob o comando desses marginais na véspera da minha posse. Nós os mandamos para o presídio de segurança máxima do Paraná. Sem mais nem menos, mandam de volta os três presos? É uma afronta à segurança e tranquilidade da população do Rio de Janeiro. Por isso reagimos”.
Bem, vejamos. Se os ilustres detentos mandam e desmandam na organização da cidade de dentro de um presídio, o fazem como? Vamos virar os olhos em outra direção, ou, neste caso, em outras direções.
Tem gente usando celular dentro das celas? Tem gente entrando com celular em presídio? Tem gente aceitando propina pra deixar entrar coisas que não deveriam entrar dentro de uma penitenciária? Quem está fazendo vista grossa? Há corporativismo na polícia? Há complacência governamental nas três esferas? Por que segurança não entra na agenda pública? Por que você votou em quem votou?
Conheça Catanduvas nos vídeos.
Pois bem. Que tráfico de drogas é um crime federal, todos sabem. Ok e ponto final. Esta discussão simplesmente não está em pauta. Ou, ao menos, não deveria ser o foco. Existe diferença entre o presídio de segurança máxima e ‘os convencionais’? Claro. Existe presídio federal e estadual? Sim. O problema é que os convencionais não são penitenciárias, são abrigos. E assim é que é a maioria das prisões estaduais. E dependendo do naipe do presidiário, pode ser até uma colônia de férias. Lá, você pode tudo. Inclusive continuar no comando do seu negócio, em pleno exercício, por assim dizer.
O xilindró paranaense de Catanduvas ficou conhecido como o presídio modelo brasileiro, o “OZ Brazil”. Até o bravo guerreiro, Fernandinho Beira-Mar, hóspede 001, tremeu diante dele. Compreendo, a partir desta tangente, que presos como Isaías da Costa, Ricardo Chaves e Marco Antônio Firmino, cumpram suas penas lá. Apenas por esta tangente.
Eles foram enviados pra lá em 2007, depois de serem acusados de comandar, de dentro de uma cadeia no Rio de Janeiro, a queima de ônibus e ataques a postos policiais, fechando num saldo de 10 mortos, às vésperas do réveillon de 2006.
O simples fato de a justiça os acusar de comandar tais ações violentas de dentro da cadeia, nos permite deduzir a falência deste modelo de instituição, colocado em xeque há décadas pelos especialistas no tema, o que é veementemente ignorado pelos governantes que escolhemos.
Diante deste toma-lá-dá-cá prisional o que fica claro mesmo é o despreparo, a ignorância (leia-se dos eleitos e dos eleitores) e o velho sofá na sala.
As palavras do governador do Rio, Sérgio Cabral, ditas ao portal G1, foram as seguintes: “Achei uma decisão desrespeitosa com a população do Rio, que sofreu barbaramente com os atentados provocados sob o comando desses marginais na véspera da minha posse. Nós os mandamos para o presídio de segurança máxima do Paraná. Sem mais nem menos, mandam de volta os três presos? É uma afronta à segurança e tranquilidade da população do Rio de Janeiro. Por isso reagimos”.
Bem, vejamos. Se os ilustres detentos mandam e desmandam na organização da cidade de dentro de um presídio, o fazem como? Vamos virar os olhos em outra direção, ou, neste caso, em outras direções.
Tem gente usando celular dentro das celas? Tem gente entrando com celular em presídio? Tem gente aceitando propina pra deixar entrar coisas que não deveriam entrar dentro de uma penitenciária? Quem está fazendo vista grossa? Há corporativismo na polícia? Há complacência governamental nas três esferas? Por que segurança não entra na agenda pública? Por que você votou em quem votou?
Conheça Catanduvas nos vídeos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário