terça-feira, 15 de setembro de 2009

Não existe conflito entre as polícias civil e militar, afirma deputado

Da Alerj

Antes da notícia veiculada no site da Alerj, segue abaixo uma pequena opinião sobre o tema.

Opinião:


Eu, Cecília Olliveira, cursei durante dois anos a especialização em Criminalidade e Segurança Pública do Centro de Estudos da Criminalidade do estado de Minas Gerais (CRISP), vinculado a UFMG. O que posso dizer é que eu me assentava no centro da sala de aulas. De um lado se assentavam os policiais militares, do outro, os civis, e ao fundo os pertencentes aos Ministérios Públicos. E praticamente todos CONTRA a unificação das polícias.

Isso é apenas UM dos exemplos de que este conflito existe sim. E não é só em MG, já que o CRISP recebe alunos de vários estados. Lá presenciei, mais de uma vez, discussões acaloradas entre representantes das polícias. O corporativismo cega as instituições e deixa a população a mercê da violência. Mas como se pode ver, com por exemplo, a inalteração da legislação que rege as instituições policiais, a segurança pública não é prioridade na agenda política.

Pode ser que no Rio de Jeneiro seja diferente... Pode ser...

Agora, o texto:

A busca pela integração e interação entre as polícias militar e civil do estado do Rio foi destacada em reunião extraordinária realizada pela Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Rio, presidida pelo deputado Wagner Montes (PDT), nesta terça-feira (15/09). O encontro, que não foi aberto à imprensa, contou com a presença do chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski, e do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio. Para o deputado Wagner Montes, a reunião mostrou que as acusações de conflito entre as duas instituições são improcedentes. “Vimos o comandante da PM e o chefe da Civil com declarações sobre a integração entre as instituições que nos alegraram bastante. Não existe conflito entre elas, existe, sim, uma ‘rivalidade’ histórica. Agora as polícias civil e militar fazem encontros de 15 em 15 dias, e isso ajuda a diminuir as divergências. Pretendemos fazer mais reuniões e até mesmo uma audiência para ampliar o debate”, afirmou o pedetista.

O parlamentar também disse ser “impensável” uma unificação entre as polícias, mas destacou que, hoje, as instituições têm acesso pela internet a arquivos uma da outra, em uma espécie de “portal de integração”. Já o deputado Paulo Ramos (PDT), autor do requerimento que visava a trazer o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, lamentou a ausência do titular da pasta, mas analisou de forma positiva a presença dos representantes das polícias. “Foi uma lacuna o não comparecimento do secretário, porque ele próprio reconhece a rivalidade entre as instituições, mas a presença do comandante-geral da Polícia Militar e do chefe da Polícia Civil foi importante e serviu par que pudéssemos manifestar nossas preocupações. É dever buscar o entrosamento e a aproximação das polícias para evitar que atritos aconteçam, e para evitar que essa rivalidade traga consequências negativas”, declarou Ramos.

Vice-presidente da comissão, o deputado Flávio Bolsonaro (PP) afirmou ser necessário que alguns problemas internos das polícias sejam resolvidos em reuniões reservadas. “Hoje ficou bastante claro que foi criado um entrosamento entre a Chefia da Polícia Civil e o Comando Geral da Polícia Militar. Há uma competição saudável com relação à produção de ocorrências, apreensões e grandes situações policiais. Também há alguns problemas pontuais relacionados a vaidades, mas são coisas esporádicas e que podem ser resolvidas com uma conversa mais reservada, para evitar que situações assim cheguem ao público. Esses casos isolados podem ser contornados com uma orientação dos responsáveis por cada instituição”, concluiu Bolsonaro.

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