No Ceará, de janeiro a agosto do ano passado, foram registradas na Delegacia de Combate à Exploração de Crianças (Dececa) 1.408 ocorrências. Neste ano, em igual período, os registros já somam 1.645 e na maioria dos casos envolvem espancamento e abuso sexual contra as crianças e os adolescentes. De 2008 para 2009, o aumento de boletins de ocorrência chega a 16,83%.
A estatística, embora não seja animadora, revela um fato positivo: a sociedade avança no que se refere à conscientização da necessidade de denunciar crimes que envolvem o desrespeito à infância.
Sobre isso, em Fortaleza há quase uma unanimidade entre os órgãos governamentais e não-governamentais que atuam na garantia aos direitos de crianças e adolescentes. Para a delegada titular da Dececa, Ivana Timbó, e o assessor jurídico do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca), Carlos Roberto de Melo, hoje os moradores da cidade denunciam mais e a cultura do silêncio está sendo rompida.
O conselheiro tutelar da Secretaria Executiva Regional I, Daniel Carneiro, endossa a tese, mas enfatiza que vem ocorrendo um crescimento muito grande da violência contra esses pequenos. Para o conselheiro, contudo, as estatísticas sobem inversamente proporcional à participação do poder público em políticas de assistência à infância e à juventude.
"Falta oportunidade para essas crianças, que deveriam estar no colégio em tempo integral ou em creches", defende.
O fato é que somente no mês de julho passado (período de realização da última estatística) chegaram ao Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), 219 denúncias, dos quais as mais comuns são violência física (56), abuso sexual (37) e negligência familiar, além do constrangimento moral, que atinge a autoestima de crianças e adolescentes. No total, do início do ano até o fim de julho já foram registradas no Creas 3.239 denúncias, sendo que o mês mais crítico foi abril, com 387 casos.
Segundo a coordenadora do Creas, Regiana Ferreira, além de encaminhar a denúncia para a Dececa, o Centro realiza o acompanhamento psicossocial das vítimas e de seus familiares. Assim, psicólogos do Creas oferecem suporte emocional às vítimas e ajudam no processo investigativo. "Em geral, a criança tem dificuldade de verbalizar a agressão sofrida, por isso é preciso ultrapassar barreiras e ganhar a confiança delas”, comentou a coordenadora. Os registros chegam pelo serviço Tele Denúncia 0800 2851407.
Fonte: Diário do Nordeste
A estatística, embora não seja animadora, revela um fato positivo: a sociedade avança no que se refere à conscientização da necessidade de denunciar crimes que envolvem o desrespeito à infância.
Sobre isso, em Fortaleza há quase uma unanimidade entre os órgãos governamentais e não-governamentais que atuam na garantia aos direitos de crianças e adolescentes. Para a delegada titular da Dececa, Ivana Timbó, e o assessor jurídico do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca), Carlos Roberto de Melo, hoje os moradores da cidade denunciam mais e a cultura do silêncio está sendo rompida.
O conselheiro tutelar da Secretaria Executiva Regional I, Daniel Carneiro, endossa a tese, mas enfatiza que vem ocorrendo um crescimento muito grande da violência contra esses pequenos. Para o conselheiro, contudo, as estatísticas sobem inversamente proporcional à participação do poder público em políticas de assistência à infância e à juventude.
"Falta oportunidade para essas crianças, que deveriam estar no colégio em tempo integral ou em creches", defende.
O fato é que somente no mês de julho passado (período de realização da última estatística) chegaram ao Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), 219 denúncias, dos quais as mais comuns são violência física (56), abuso sexual (37) e negligência familiar, além do constrangimento moral, que atinge a autoestima de crianças e adolescentes. No total, do início do ano até o fim de julho já foram registradas no Creas 3.239 denúncias, sendo que o mês mais crítico foi abril, com 387 casos.
Segundo a coordenadora do Creas, Regiana Ferreira, além de encaminhar a denúncia para a Dececa, o Centro realiza o acompanhamento psicossocial das vítimas e de seus familiares. Assim, psicólogos do Creas oferecem suporte emocional às vítimas e ajudam no processo investigativo. "Em geral, a criança tem dificuldade de verbalizar a agressão sofrida, por isso é preciso ultrapassar barreiras e ganhar a confiança delas”, comentou a coordenadora. Os registros chegam pelo serviço Tele Denúncia 0800 2851407.
Fonte: Diário do Nordeste
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