Na semana passada o jornal O Dia veiculou uma matéria que noticiava uma possível caçada determinada por mim a um usuário do Twitter, o qual estaria “vazando” o boletim da PM, expondo-o na Internet para acesso indiscriminado.
É verdade que me preocupa a exposição das informações de forma descontrolada, sem acesso limitado a interessados que tenham no mínimo uma legitimidade para conhecer das nossas Notas de Instrução, Ordens de Serviço e rotinas, de uma maneira geral.
Mesmo com a necessidade de alguma limitação de acesso, ainda assim o BOL PM pode ser lido por quem se interessar, e comprove inserir-se nestas condições de legalidade e legitimidade para conhecer, ficando à disposição na PM/5 na sua forma impressa, para essas pessoas.
À exceção disso, nunca me preocupei com a existência de quaisquer outras considerações expostas nos twitters, posto que, pelo que pude perceber desde o início do uso da ferramenta pelos internautas para anunciação de questões acerca da PM e seus componentes, prestou-se, marcadamente, ao denuncismo voraz, uma modalidade bastante conhecida na humanidade e que historicamente acaba revelando figuras bem piores que aquelas que denunciam, quando suas identidades vêem à tona e retira-lhes a máscara que cobre a hipocrisia.
Por outro lado, desde que conheci o Praças da PMERJ, blog a princípio mantido por Praças da nossa Corporação, passei a acompanhá-lo diariamente, pois, ainda que em alguns momentos se permita publicações mais agrestes e alguma catarse individual bem compreensível – considerando-se toda indiferença que dirigimos à base da pirâmide institucional durante tantos anos – o blog dos Praças tem conteúdo argumentativo, além de nos últimos tempos ter aprimorado sua literatura, muito provavelmente quando percebeu que seus textos e comentários de textos, estavam sendo lidos por públicos diversos, pessoas com interesse científico e político sobre suas aspirações, demandas e identidade intelectual.
Esclareço, então, aqui, que não há caçada contra twitter algum, embora em alguns eu reconheça uma ética que não me deixa escapar Victor Hugo, quando declara que há pessoas que quanto às regras da honra só as observam como se vêem as estrelas: de longe.
São essas que se atiram contra pessoas atacando-as todo tempo pelas costas, porque, por absoluta falta de estatura, não fariam isso com qualquer que se lhe olhasse nos olhos.
Num futuro breve escreverei sobre os passos que já demos para a aquisição da pistola .40 com vistas ao uso acautelado.
Um grande abraço para todos os honrados homens e mulheres de nossa PMERJ
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