Folha, com infos da Agência Brasil
A redução da criminalidade nos centros urbanos deve passar também pela segurança nas fronteiras, afirmou nesta segunda-feira o Secretário de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Ricardo Balestreri, logo após participar da abertura do encontro nacional sobre as ações de inteligência de segurança pública nas regiões fronteiriças --policiamento especializado na fronteira.
De acordo com Balestreri, grande parte do armamento ilegal que existe no país entra no Brasil por meio das regiões de fronteira e chegam mas mãos dos criminosos. Ele disse ainda que no Brasil nunca houve uma política de segurança específica para as fronteiras, o que sempre houve foi uma política nacional de segurança, que incluía as fronteiras, feita pelas Forças Armadas.
"Precisamos de polícia na fronteira para fazer papel de polícia na fronteira. Não é possível num país com 35 mil quilômetros de fronteira seca e marítima não termos um sistema pleno de guardamento das fronteiras".
O secretário disse também que no Rio Grande do Sul, onde o governo federal está investindo maciçamente em segurança pública na região da fronteira com o Uruguai, já houve uma redução da criminalidade no campo em 20% e um aumento de 40% na apreensão de armas e drogas nos últimos seis meses. Essa mesma cooperação esta sendo acordada com o governo da Guiana Francesa, onde o secretário espera que haja o mesmo resultado alcançado no Sul.
Ele disse ainda que depois que estiver montado um sistema de segurança nas fronteiras secas, será montado um sistema marítimo, para que o crime não migre das fronteiras secas para a marítima.
"O próximo passo é um sistema de guardamento marítimo que o Brasil não tem. Temos a Marinha guardando as fronteiras, mas ela não tem função de polícia, por isso precisamos de uma guarda costeira".
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