segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Presos de Fabriciano (MG) confirmam denúncias de tortura

Da Alemg

Em visita ao presídio de Coronel Fabriciano (Vale do Aço) na manhã desta segunda-feira (22/2/10), a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais confirmou as denúncias de torturas e maus-tratos na unidade. Os detentos reafirmaram as agressões, inclusive mostrando marcas pelo corpo, mas disseram que elas se referem à gestão passada. Tanto o presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), quanto a ouvidora do sistema prisional, Marlene Alves de Almeida, garantiram apuração e acompanhamento do caso. Agora, uma audiência na Câmara Municipal dá prosseguimento ao trabalho.


O atual diretor do presídio, Edmar Soares de Sousa, que acompanhou a visita, informou que os agentes penitenciários acusados já foram ouvidos pela Corregedoria, mas nenhum deles foi ainda afastado - fato que recebeu críticas dos detentos. Sousa assumiu a direção da unidade há cerca de 15 dias, depois de o ex-diretor Ulisses Leonardo Barbosa Melo ser afastado do cargo por causa das denúncias de espancamento de presos.

A visita da Comissão de Direitos Humanos à cidade ocorre um dia depois de tentativa de fuga no presídio, em uma cela com 15 detentos. A vigilância interveio e, para conter o tumulto da noite de domingo (21), foram usados tiros de borracha. O presídio de Coronel Fabriciano tem capacidade para 194 presos, mas abriga hoje 313.

Convidados - Foram convidados para participar da audiência os vereadores de Coronel Fabriciano Marcos da Luz Evangelista Lima Martins, Luciano Lugão da Silva e Wailson Lima Madeira; a corregedora Luciana Nobre Moura e a ouvidora Marlene Alves de Almeida, ambas do Sistema Prisional do Estado, além do promotor de Justiça da cidade, Ary Pedrosa Bittencourt.

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