Paula Laboissière - da Agência Brasil
Um relatório divulgado hoje (24) pela Junta Internacional de Fiscalização a Entorpecentes (Jife) – órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) – aponta uma diminuição global na produção de cocaína, atribuída à significativa redução do cultivo de coca na Colômbia. O país, sozinho, responde por 48,3% de toda a área cultivada da planta. O estudo alerta, porém, para o uso abusivo de substâncias estimulantes.
Porém, de acordo com o documento, a América do Sul registrou uma queda de 8% nas áreas de cultivo de coca – apesar de aumento registrado no Peru e na Bolívia. Comparadas às de 2007, as apreensões da droga aumentaram nos três principais países produtores: Bolívia (aumento de 45%), Peru (aumento de 100%) e Colômbia (aumento de 57%). Também houve maior número de apreensões na Argentina, no Brasil e no Equador.
Em 2008, as apreensões de maconha cresceram duas vezes e meia na Bolívia em relação ao ano anterior. Houve aumento de apreensões da droga no Chile, no Equador, no Peru e no Paraguai – segundo maior produtor de maconha do Hemisfério Sul.
A Jife alerta, entretanto, que apesar de medidas de fiscalização de alguns governos sul-americanos, a tendência de crescimento na fabricação de estimulantes do tipo anfetamina permanece a mesma, assim como o contrabando de efedrinas para o México. Dados indicam ainda o surgimento da fabricação de drogas sintéticas na região, com destaque para o Brasil e a Argentina.
“Como efeito colateral decorrente do tráfico de drogas, o abuso de drogas ilícitas vem aumentando em alguns países e a demanda por tratamento vem crescendo consideravelmente nos últimos anos”, afirma o relatório, ao destacar que quase 1 milhão de pessoas na América do Sul são tratadas por abuso de drogas ilícitas.
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