domingo, 22 de julho de 2012

Beltrame minimiza pesquisa sobre política de segurança do Rio



O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, minimizou o resultado de pesquisas recentes que apontam falhas na política de segurança do Estado baseada na pacificação de favelas. Para ele, a conquista da paz é um benefício que se sobrepõe aos problemas que ainda persistem.

“O que é preciso entender é que, por mais problemas que você tenha [apontados] em pesquisas, você tem infinitamente resultados muito mais positivos do que negativos”, disse.

Na última semana, uma pesquisa feita pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), da Universidade Cândido Mendes, apontou que 59% dos policiais que atuam nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) se consideram despreparados para o trabalho.

Segundo o estudo, 60% desses policiais gostariam de deixar as UPPs e mudar de função dentro da Polícia Militar. De acordo com a socióloga Julita Lemgruber, coordenadora do CESeC, os oficiais das UPPS se consideram policiais de segunda categoria.

Para Beltrame, a atual política de segurança ainda está sendo aprimorada e as UPPS podem apresentar falhas “porque você está mexendo em 40 anos de descaso, de abandono e de ausência de qualquer política pública”, disse.

“É necessário que as pessoas se convençam de que isto é um processo, não é um produto de prateleira. Você não compra a paz, você a conquista”, afirmou Beltrame que participou de um simpósio sobre segurança em eventos esportivos, no Rio.

De acordo com ele, todas as pesquisas sobre segurança pública no Estado do Rio são analisadas pela Secretaria de Segurança “para que nós possamos fazer a verdadeira análise do que eles [os pesquisadores] entendem como falhas”. O objetivo é aprimorar a formação de novos policiais levando em conta os problemas indicados.

(Guilherme Serodio | Valor)

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