Por Cecília Olliveira
O Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba divulgou no último dia 28 de agosto, um relatório sobre a visita ao Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, em João Pessoa. O relatório traz relatos de maus tratos contra os detentos e fotos feitas pelos próprios presidiários dentro das celas.
De acordo com o Conselho, a visita, feita sem aviso prévio, "foi provocada a partir do recebimento de denúncias de maus-tratos, tortura e tratamento desumano e degradante aos apenados pela Administração do Estabelecimento Penitenciário". Os membros do CEDH possuem a prerrogativa legal de exercer a fiscalização de estabelecimentos penitenciários sem prévio agendamento, assegurada pela Lei Estadual nº. 5.551/92, arts. 50 e 60.
Embora tivesse sido solicitado acompanhamento de agentes prisionais para a visita, houve negativa por parte da direção do presídio e os conselheiros seguiram desacompanhados. Durante a visita policiais militares e agentes penitenciários deram voz de prisão aos membros do CEDH-PB conduzindo-os para uma sala da penitenciária e mantendo-os detidos até que chegasse o reforço policial para os conduzir até a delegacia. Os conselheiros comunicaram o ocorrido ao Procurador Federal do Cidadão, Dr. Duciran Farena, ao Chefe de Gabinete do governador, Waldir Porfírio da Silva e à Defensoria Pública da União. (Leia mais)
O governo do Estado designou uma comissão intersetorial nesta segunda-feira (3) para apurar tais fatos.
Segundo o relatório, foram encontradas celas superlotadas, sem estrutura adequada para que os presos pudessem dormir e sujas de fezes. Já na entrada, ainda no primeiro pavilhão, 80 detentos estavam em greve de fome, protestando por melhores condições de tratamendo dentro da unidade prisional.

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