Foto: www.las.inpe.br
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar...”
Martin Niemöller, 1933, símbolo da resistência aos nazistas.
Parodiando o pastor protestante Martin Niemöller, símbolo da resistência nazista, Cláudio Humberto escreve em 09 de fevereiro de 2007. "Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítima,Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles; Depois fecharam ruas, onde não moro;Fecharam então o portão da favela, que não habito;Em seguida arrastaram até a morte uma criança,que não era meu filho..."
Torno a me perguntar: Onde estamos abalizando nossas ações? Onde está nosso sentimento de coletividade? Se, se isolar resolvesse o problema da criminalidade, hoje não teríamos mais nenhuma causa pendente! Isso, uma vez que a lei é “olho por olho, dente por dente”.
"Primeiro levaram os negros.
Mas não me importei com isso.
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários.
Mas não me importei com isso.
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis.
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados.
Mas como tenho meu emprego, também não me importei.
Agora estão me levando,
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém,
Ninguém se importa comigo.
É PRECISO AGIR!"
Bertold Brecht (1898-1956)
Foto: sol.sapo.pt
E então? Onde está o erro? Pode parecer duro, mas o erro é meu. O erro é seu. O erro é nosso. O erro é de todos aqueles que se calaram ao som silencioso de suas hipocrisias.
Foto:www.msf.org.br
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar...”
Martin Niemöller, 1933, símbolo da resistência aos nazistas.
Um texto de 1933.... Há mais de 70 anos o desdém social já era conhecido como um câncer... Em Sociologia, uma sociedade é um conjunto de pessoas que compartilham propósitos, preocupações e costumesinteragindo entre si e assim, constituindo uma comunidade. Na Biologia, sociedade é um grupo de animais que vivem em conjunto, tendo algum tipo de organização e divisão de tarefas.
Então paro e pergunto: Quem está errado? Por que a divergência é enorme... Ou os livros estão errados ou nós estamos vivendo de modo errado. Creio que é a segunda opção, uma vez que somos a própria empiria das pesquisas. Estamos andando na contramão! Não percebem?
Parodiando o pastor protestante Martin Niemöller, símbolo da resistência nazista, Cláudio Humberto escreve em 09 de fevereiro de 2007. "Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítima,Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles; Depois fecharam ruas, onde não moro;Fecharam então o portão da favela, que não habito;Em seguida arrastaram até a morte uma criança,que não era meu filho..."
Torno a me perguntar: Onde estamos abalizando nossas ações? Onde está nosso sentimento de coletividade? Se, se isolar resolvesse o problema da criminalidade, hoje não teríamos mais nenhuma causa pendente! Isso, uma vez que a lei é “olho por olho, dente por dente”.
"Primeiro levaram os negros.
Mas não me importei com isso.
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários.
Mas não me importei com isso.
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis.
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados.
Mas como tenho meu emprego, também não me importei.
Agora estão me levando,
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém,
Ninguém se importa comigo.
É PRECISO AGIR!"
Bertold Brecht (1898-1956)
Foto: sol.sapo.pt
É preciso agir? Este chamado é do século passado! O que fizemos desde então até hoje? O que?!? Nada! Ou melhor, erguemos muralhas, para nos isolar de nossos semelhantes. Grades? Inúmeras! Para nos cercar de todo o “mal” das ruas e para isolar os “diferentes” em masmorras... Em pleno século 21! Usamos a tecnologia para criar as melhores armas, para usá-las contra nossos irmãos. Há algo errado, não? Brecht poderia ouvir seus versos ecoando... Dezenas de anos e a mesma vertente...
Um passeio com Maiakovisky
Na primeira noite
Eles se aproximam
E colhem uma flor
De nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
Já não se escondem:
Pisam as flores,
Matam nosso cão,
E não dizemos nada.
Até que um dia,
O mais frágil deles,
Entra sozinho em nossa casa,
Rouba-nos a lua, e,
Vonhecendo nosso medo,
Arranca-nos a vozda garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
Maiakovisky. Poeta russo do início do século passado que parece ter vivido no Brasil de ontem. Como o prelúdio de um livro de contos tétricos ele descreve o hoje com a perfeição do ontem. Século passado. Estas poderiam ser notícias caducas. Mas não o são! Estes são os versos apocalípticos contados e recontados como o cumprimento de uma profecia infeliz.
E então? Onde está o erro? Pode parecer duro, mas o erro é meu. O erro é seu. O erro é nosso. O erro é de todos aqueles que se calaram ao som silencioso de suas hipocrisias.
È isso o máximo que o modelo avançado de sociedade conseguiu ser. Um bando de hipócritas enjaulados em sua vidinha de contos fadas, onde todo mundo faz de conta que as coisas estão em ordem e que são felizes assistindo a fervorosos “debates” de (ex) modelos em talk shows pobres como suas pobres almas.
Hoje. O hoje a Deus pertence. O amanhã também. Mas não vou jogar a responsabilidade na Supremacia Divina e ser omissa.
Foto:www.msf.org.br
Deus salve esta nação da podridão de sua Negligência!
Estamos acostumados a ler tantas coisas durante o dia, que o fazemos de forma nefasta, sem nada absorver, ou absorvendo muito pouco.
ResponderExcluirPorém, textos como este nos fazem parar para ler, mesmo que de forma superficial inicialmente, mas, que a partir do encontro das imagens com as palavras nos convoca a uma leitura completa, que nos provoca arrepios e nos impacta com um cruel realidade: a tamanha ignorância, hipocrisia e mediocridade em que vivemos.
Parabéns pelo texto. Sincero!
Parabéns pelo blog e obrigado por linkar o Diário de um PM.
ResponderExcluirJá linkei o Arma Branca na lista "jornalismo pilicial".
Abraço