Cúpula da Segurança se reúne para avaliar os resultados até agora e traçar estratégias
Do O Dia
Rio - Contra-atacar é a palavra de ordem da cúpula da segurança pública para responder aos bandidos do Comando Vermelho (CV), que derrubaram um helicóptero da PM, sábado, provocando a morte de três policiais. A determinação foi passada ontem em reunião convocada pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, da qual participaram o comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, o chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, e os principais coronéis e delegados responsáveis pelo setor operacional da polícia. “Como ocorreu hoje (ontem), a polícia não vai mais parar de fazer operações”, revelou um dos presentes à reunião.
Segundo o relações-públicas da PM, major Oderlei Santos, a reunião serviu ainda para avaliar os resultados das prisões, depoimentos já prestados e apreensões de armas feitas desde a madrugada de sábado em comunidades em guerra na Zona Norte. Os comandos das polícias Militar e Civil também traçaram estratégias para novas operações nos morros.
>> FOTOGALERIA: Quarta-feira de intenso confronto pelas favelas do Rio
“As ações desencadeadas até o momento estão direcionadas, com o objetivo de identificar e prender todos os que, direta ou indiretamente, participaram do ataque ao helicóptero da PM”, afirmou Oderlei. Segundo ele, as ações preventivas continuam. “Estamos aumentando as ações repressivas para prender os envolvidos”, enfatizou o oficial da PM.
>> FOTOGALERIA: Momentos da guerra sangrenta no sábado
De acordo com balanço divulgado no fim da tarde pela assessoria de imprensa da PM, os confrontos iniciados no sábado já deixaram 33 mortos — 18 seriam traficantes, três são policiais militares e quatro, inocentes. Entre os criminosos, oito morreram em tiroteios envolvendo o Comando Vermelho e rivais da facção Amigos dos Amigos (ADA), segundo o major Oderlei. No, 22 suspeitos de envolvimentos nos conflitos foram presos. No entanto, os principais alvos das polícias ainda estão nas ruas. São eles: Fabiano Atanázio da Silva, o FB; Alexandre Mendes da Silva; o Polegar; Magno Tatagiba, o Magno da Mangueira; Ricardo Severo, o Faustão, e Ilan Nogueira Sales, o Capoeira. A maior concentração de bandidos estaria na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha.
Apesar das ações da polícia, pelo segundo dia consecutivo, traficantes do Morro dos Macacos desafiaram as autoridades, com um novo desfile de armamento de guerra pela comunidade flagrado por O DIA. Ontem à tarde, um bandido, com uma camisa amarrada na cabeça, se posicionou sobre a laje de um barraco, no alto do morro, e empunhou uma metralhadora. A arma, aparentando ser nova, possui braço retrátil. Com um radiotransmissor pendurado na bermuda, o criminoso fez gestos de ironia e apontou a arma, ameaçando atirar. Em volta dele, pelo menos dez homens — alguns deles menores — riam com o exibicionismo do traficante. Na véspera, bandidos circularam ostentando fuzil e pistola em outro ponto da favela, perto de um Cruzeiro.
A guerra no Rio
No último sábado, bandidos do Morro de São João tentaram invadir o Morro dos Macacos para tentar tomar os pontos de venda de drogas da comunidade. Houve intenso tiroteio durante toda a madrugada. Moradores ficaram apavorados com a guerra. A Polícia Militar estava no entorno da favela, em Vila Isabel, Zona Norte da cidade.
Pela manhã, a PM interveio e foi para cima do confronto. Os criminosos atiraram contra um helicóptero da Polícia Militar e conseguiram derrubá-lo. Três militares morreram na queda da aeronave. O piloto, considerado um herói, conseguiu escapar. No Jacarezinho e na Mangueira, traficantes atearam fogo em oito ônibus. 29 pessoas já morreram em eventos relacionados à guerra do tráfico desde o último fim de semana.
Reportagens de Adriana Cruz, Alessandro Ferreira, Bartolomeu Brito, Charles Rodrigues, Francisco Edson Alves, Luarlindo Ernesto, Marco Antonio Canosa, Maria Inez Magalhães e Maria Mazzei
Do O Dia
Rio - Contra-atacar é a palavra de ordem da cúpula da segurança pública para responder aos bandidos do Comando Vermelho (CV), que derrubaram um helicóptero da PM, sábado, provocando a morte de três policiais. A determinação foi passada ontem em reunião convocada pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, da qual participaram o comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, o chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, e os principais coronéis e delegados responsáveis pelo setor operacional da polícia. “Como ocorreu hoje (ontem), a polícia não vai mais parar de fazer operações”, revelou um dos presentes à reunião.
Segundo o relações-públicas da PM, major Oderlei Santos, a reunião serviu ainda para avaliar os resultados das prisões, depoimentos já prestados e apreensões de armas feitas desde a madrugada de sábado em comunidades em guerra na Zona Norte. Os comandos das polícias Militar e Civil também traçaram estratégias para novas operações nos morros.
>> FOTOGALERIA: Quarta-feira de intenso confronto pelas favelas do Rio
“As ações desencadeadas até o momento estão direcionadas, com o objetivo de identificar e prender todos os que, direta ou indiretamente, participaram do ataque ao helicóptero da PM”, afirmou Oderlei. Segundo ele, as ações preventivas continuam. “Estamos aumentando as ações repressivas para prender os envolvidos”, enfatizou o oficial da PM.
>> FOTOGALERIA: Momentos da guerra sangrenta no sábado
De acordo com balanço divulgado no fim da tarde pela assessoria de imprensa da PM, os confrontos iniciados no sábado já deixaram 33 mortos — 18 seriam traficantes, três são policiais militares e quatro, inocentes. Entre os criminosos, oito morreram em tiroteios envolvendo o Comando Vermelho e rivais da facção Amigos dos Amigos (ADA), segundo o major Oderlei. No, 22 suspeitos de envolvimentos nos conflitos foram presos. No entanto, os principais alvos das polícias ainda estão nas ruas. São eles: Fabiano Atanázio da Silva, o FB; Alexandre Mendes da Silva; o Polegar; Magno Tatagiba, o Magno da Mangueira; Ricardo Severo, o Faustão, e Ilan Nogueira Sales, o Capoeira. A maior concentração de bandidos estaria na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha.
Apesar das ações da polícia, pelo segundo dia consecutivo, traficantes do Morro dos Macacos desafiaram as autoridades, com um novo desfile de armamento de guerra pela comunidade flagrado por O DIA. Ontem à tarde, um bandido, com uma camisa amarrada na cabeça, se posicionou sobre a laje de um barraco, no alto do morro, e empunhou uma metralhadora. A arma, aparentando ser nova, possui braço retrátil. Com um radiotransmissor pendurado na bermuda, o criminoso fez gestos de ironia e apontou a arma, ameaçando atirar. Em volta dele, pelo menos dez homens — alguns deles menores — riam com o exibicionismo do traficante. Na véspera, bandidos circularam ostentando fuzil e pistola em outro ponto da favela, perto de um Cruzeiro.
A guerra no Rio
No último sábado, bandidos do Morro de São João tentaram invadir o Morro dos Macacos para tentar tomar os pontos de venda de drogas da comunidade. Houve intenso tiroteio durante toda a madrugada. Moradores ficaram apavorados com a guerra. A Polícia Militar estava no entorno da favela, em Vila Isabel, Zona Norte da cidade.
Pela manhã, a PM interveio e foi para cima do confronto. Os criminosos atiraram contra um helicóptero da Polícia Militar e conseguiram derrubá-lo. Três militares morreram na queda da aeronave. O piloto, considerado um herói, conseguiu escapar. No Jacarezinho e na Mangueira, traficantes atearam fogo em oito ônibus. 29 pessoas já morreram em eventos relacionados à guerra do tráfico desde o último fim de semana.
Reportagens de Adriana Cruz, Alessandro Ferreira, Bartolomeu Brito, Charles Rodrigues, Francisco Edson Alves, Luarlindo Ernesto, Marco Antonio Canosa, Maria Inez Magalhães e Maria Mazzei
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