Por Cecília Olliveira
Recentemente uma comitiva do governo brasileiro esteve em La Paz, Bolívia, para tratar de acordos comerciais entre os dois países. Representantes dos setores de petróleo e energia foram alguns deles.
Infelizmente a relação entre os dois países vai além. Marco Aurélio Garcia, um dos assessores de Lula, integrou a comitiva e em entrevista ao jornal local, La Prensa, analisou bem mais que a balança comercial entre Bolívia e Brasil.
Questionado sobre como articular a luta contra o tráfico de drogas entre os países, Marco Aurélio, falou que o importante mesmo é o serviço de inteligência, a troca de informações sobre a atividade. Mas a surpresa ficou pra pergunta seguinte:
- O Primeiro Comando da Capital está presente na Bolívia?
"Parece que sim, e se assim é, é ruim para a Bolívia, é para nós também, claro.
- Existe informação do governo brasileiro sobre isso?
"Ouvi a informação. Há rumores de que sim. Seria de certo modo compreensível, na medida em que a Bolívia pode ser, em primeiro lugar, um país produtor. Mas é certamente uma área de trânsito. Há rumores também de que parte das drogras que entram no Brasil é produzida no Peru e passa pela Bolívia. O narcotráfico é uma praga que deve ser combatida com inteligência. Em alguns países, a luta era apenas através da violência e não foi resolvido. Então, há de se usar muito a inteligência.
"Se o Primeiro Comando da Capital está na Bolívia, há muito que se preocupar, não é verdade?
"Não, não muito, porque é no Brasil. Temos preocupações lá também. Eu não tenho informações precisas sobre o assunto, ouvi relatos, mas eu não poderia dizer se é certo (na Bolívia), e se for, em que medida.
Recentemente uma comitiva do governo brasileiro esteve em La Paz, Bolívia, para tratar de acordos comerciais entre os dois países. Representantes dos setores de petróleo e energia foram alguns deles.
Infelizmente a relação entre os dois países vai além. Marco Aurélio Garcia, um dos assessores de Lula, integrou a comitiva e em entrevista ao jornal local, La Prensa, analisou bem mais que a balança comercial entre Bolívia e Brasil.
Questionado sobre como articular a luta contra o tráfico de drogas entre os países, Marco Aurélio, falou que o importante mesmo é o serviço de inteligência, a troca de informações sobre a atividade. Mas a surpresa ficou pra pergunta seguinte:
- O Primeiro Comando da Capital está presente na Bolívia?
"Parece que sim, e se assim é, é ruim para a Bolívia, é para nós também, claro.
- Existe informação do governo brasileiro sobre isso?
"Ouvi a informação. Há rumores de que sim. Seria de certo modo compreensível, na medida em que a Bolívia pode ser, em primeiro lugar, um país produtor. Mas é certamente uma área de trânsito. Há rumores também de que parte das drogras que entram no Brasil é produzida no Peru e passa pela Bolívia. O narcotráfico é uma praga que deve ser combatida com inteligência. Em alguns países, a luta era apenas através da violência e não foi resolvido. Então, há de se usar muito a inteligência.
"Se o Primeiro Comando da Capital está na Bolívia, há muito que se preocupar, não é verdade?
"Não, não muito, porque é no Brasil. Temos preocupações lá também. Eu não tenho informações precisas sobre o assunto, ouvi relatos, mas eu não poderia dizer se é certo (na Bolívia), e se for, em que medida.
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), tem uma regional no Brasil e Cone Sul e estuda e monitora o movimento do narcotráfico na América Latina. Ultimamente, muitos especialistas tem adotado a postura de que a "guerra contra as drogas" deflagrada por Nixon em 1970 (com base em religiosidade e preconceitos sociais e etnicos) e exportada para todo o mundo está falida. O combate ao problema apenas na base da repressão não funciona em nenhuma parte do mundo. Nações estão se abrindo para a discussão e adotando formas diferentes de enfrentar o problema, tais como a legalização, descriminalização de usuários e até o enquadramento do tema como problema como de saúde pública e não apenas de polícia.
Há ainda, voltado especificamente para as discussões sobre o narcotráfico na América Latina, a Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, para discutir a Política de drogas, que coloca em pauta a descriminalização do consumo de drogas, com transição da abordagem da questão da área judicial para a área da saúde; implementação de uma política de redução de danos; e regulamentação da lei que regula as políticas de drogas no Brasil, diferenciando consumidor de traficante e traficantes que realizam ou não o controle armado de territórios. A discussão da 3ª Reunião da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD) girou em torno dessas questões centrais, apresentadas no início do encontro pelo Presidente da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, Paulo Gadelha.
Há ainda, voltado especificamente para as discussões sobre o narcotráfico na América Latina, a Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, para discutir a Política de drogas, que coloca em pauta a descriminalização do consumo de drogas, com transição da abordagem da questão da área judicial para a área da saúde; implementação de uma política de redução de danos; e regulamentação da lei que regula as políticas de drogas no Brasil, diferenciando consumidor de traficante e traficantes que realizam ou não o controle armado de territórios. A discussão da 3ª Reunião da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD) girou em torno dessas questões centrais, apresentadas no início do encontro pelo Presidente da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, Paulo Gadelha.
- Ministro explica combate a ramificações do crime organizado
- Reunião da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia discutiu Política de drogas
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