Por Cecília Olliveira
EUA retiram Brasil de lista de países com grande produção e tráfico de drogas. Esta é notícia do dia, na temática drogas. “O Brasil foi excluído de uma lista de países considerados grandes produtores ou plataformas de tráfico de drogas, elaborada periodicamente pelos Estados Unidos, embora ainda tenha recebido a recomendação de priorizar a luta contra o narcotráfico”, diz a notícia publicada no site do Terra, que menciona também a referência ao Brasil na lista: "o controle dos narcóticos no país, que ocupa um terreno tão amplo na região, é algo muito importante".
Vale ressaltar a frase “embora ainda tenha recebido a recomendação de priorizar a luta contra o narcotráfico”. As aspas reiteram o movimento americano – e também o brasileiro – de ‘endurecer’ o combate às drogas através do falido modelo de ‘guerra às drogas’, sem uma discussão democrática, sem avaliar outros modelos de política de drogas que se aproximam do êxito, tal como a legalização.
Mas isto não é o mais importante nesta situação. O documento anunciado por Barack Obama não lista o Brasil como grande produtor e desconsidera o fato de que o país é importante consumidor e rota de tráfico, conforme dados do Relatório Relatório Mundial sobre Drogas 2010, organizado pelo UNODC - Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime – e que reúne os principais dados e análises de tendências sobre a produção, o tráfico e o consumo de drogas ilegais em todo o mundo.
De acordo com o Relatório deste ano, o Brasil aumentou em 21% o numero de apreensões de cocaína em 2008, ante a 2007, passando de 17 toneladas para 20,4 toneladas. Isto porque o Brasil se tornou um importante país de trânsito de cargas, juntamente com a República Bolivariana da Venezuela e Equador, respondendo mudanças na demanda do mercado.
“A maior parte da cocaína apreendida na França em 2008 veio do Brasil (40% do total) ou da República Bolivariana da Venezuela (21% do total). A cocaína traficada pelo Brasil provavelmente é originária do Peru ou o Estado Plurinacional da Bolívia, refletindo a crescente importância desses produtores para a Europa”, afirma o relatório, que também traz a informação de que na América do Sul, as maiores prevalências de uso de opiáceos (nos quais se enquadram medicamentos a base de morfina) foram relatadas pelo Brasil e pelo Chile (0,5% da população entre 15 e 64 anos, correspondendo a 640.000 e a 57.000 pessoas, respectivamente).
Os primeiros registros de fechamento de pequenos laboratórios especializados na fabricação de anfetaminas, tais como ecstasy, são de 2008. No ano seguinte foi descoberto um grande e sofisticado fabricante de substancias tipo anfetamina, e que resultou em na apreensão de 30.000 comprimidos. O demantelamento dos laboratórios vai de encontro a indícios de que a fabricação esteja se expandido para novas regiões, tais como a América Latina, com relatos de fábricas ilícitas na Argentina, em Belize, Guatemala, no México e no Suriname.
Todos os demais relatos sobre a participação do Brasil no tráfico internacional de drogas, e que foram omitidos no ‘balanço’ americano, você pode ler aqui, no Relatório.
EUA retiram Brasil de lista de países com grande produção e tráfico de drogas. Esta é notícia do dia, na temática drogas. “O Brasil foi excluído de uma lista de países considerados grandes produtores ou plataformas de tráfico de drogas, elaborada periodicamente pelos Estados Unidos, embora ainda tenha recebido a recomendação de priorizar a luta contra o narcotráfico”, diz a notícia publicada no site do Terra, que menciona também a referência ao Brasil na lista: "o controle dos narcóticos no país, que ocupa um terreno tão amplo na região, é algo muito importante".
Vale ressaltar a frase “embora ainda tenha recebido a recomendação de priorizar a luta contra o narcotráfico”. As aspas reiteram o movimento americano – e também o brasileiro – de ‘endurecer’ o combate às drogas através do falido modelo de ‘guerra às drogas’, sem uma discussão democrática, sem avaliar outros modelos de política de drogas que se aproximam do êxito, tal como a legalização.
- Veja aqui o porque o Blog Arma Branca defende a legalização das drogas
- Relatório do UNODC: "o crime organizado se globalizou e se transformou em uma ameaça à segurança"
Mas isto não é o mais importante nesta situação. O documento anunciado por Barack Obama não lista o Brasil como grande produtor e desconsidera o fato de que o país é importante consumidor e rota de tráfico, conforme dados do Relatório Relatório Mundial sobre Drogas 2010, organizado pelo UNODC - Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime – e que reúne os principais dados e análises de tendências sobre a produção, o tráfico e o consumo de drogas ilegais em todo o mundo.
De acordo com o Relatório deste ano, o Brasil aumentou em 21% o numero de apreensões de cocaína em 2008, ante a 2007, passando de 17 toneladas para 20,4 toneladas. Isto porque o Brasil se tornou um importante país de trânsito de cargas, juntamente com a República Bolivariana da Venezuela e Equador, respondendo mudanças na demanda do mercado.
“A maior parte da cocaína apreendida na França em 2008 veio do Brasil (40% do total) ou da República Bolivariana da Venezuela (21% do total). A cocaína traficada pelo Brasil provavelmente é originária do Peru ou o Estado Plurinacional da Bolívia, refletindo a crescente importância desses produtores para a Europa”, afirma o relatório, que também traz a informação de que na América do Sul, as maiores prevalências de uso de opiáceos (nos quais se enquadram medicamentos a base de morfina) foram relatadas pelo Brasil e pelo Chile (0,5% da população entre 15 e 64 anos, correspondendo a 640.000 e a 57.000 pessoas, respectivamente).
Os primeiros registros de fechamento de pequenos laboratórios especializados na fabricação de anfetaminas, tais como ecstasy, são de 2008. No ano seguinte foi descoberto um grande e sofisticado fabricante de substancias tipo anfetamina, e que resultou em na apreensão de 30.000 comprimidos. O demantelamento dos laboratórios vai de encontro a indícios de que a fabricação esteja se expandido para novas regiões, tais como a América Latina, com relatos de fábricas ilícitas na Argentina, em Belize, Guatemala, no México e no Suriname.
Todos os demais relatos sobre a participação do Brasil no tráfico internacional de drogas, e que foram omitidos no ‘balanço’ americano, você pode ler aqui, no Relatório.
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