O Mapa da Violência 2011, lançado esta manhã, revela que o Nordeste é hoje a região que registra o maior aumento de mortes por causas externas violentas, uma verdadeira escalada de homicídios, acidentes de trânsito e suicídios. Já o Sul-Sudeste, embora com grandes diferenças nos resultados, está conseguindo, ao menos, conter o crescimento da violência. Foi no Maranhão onde o índice de homicídios mais cresceu: 300%.
Vale a pena destacar São Paulo, que registrou a maior queda nos índices de violência do país. A taxa, entre 1998 e 2008, caiu de 39,7 para 14,9 homicídios por 100 mil habitantes - o Estado, que ocupava o 5º lugar entre os mais violentos, caiu para a 25º posição, perdendo apenas para Santa Catarina e Piauí.
O Mapa da Violência 2011 retoma o tema juventude e é exatamente aí que São Paulo, apesar de registrar queda considerável em seu nível de violência deixa a desejar. Entre as 27 capitais, São Paulo é a metrópole onde morrem mais jovens na comparação com a população em geral: 68% a mais. Entre as 27 capitais, São Paulo é a metrópole onde morrem mais jovens na comparação com a população em geral: 68% a mais.
Em 1996, a taxa de homicídios juvenis do país foi de 41,7 em 100 mil. Hoje, com os dados correspondentes a 2008, esta taxa é da ordem de 52,9 vítimas juvenis. Jovens mortos em acidentes de transporte passaram de 24,2 em cada 100 mil em 1996 para 25,7 em 100 mil. Os suicídios subiram de 4,8 em 1996 para 5,1 em 2008.
Desde 2000 a violência homicida em São Paulo vem caindo, mas em 2008 chegou ao seu nível mais baixo, atingindo a 25ª posição. Nos Estados do Sudeste, o do Rio também teve uma boa performance na contenção da violência: caiu do 3º Estado mais violento para o 7º lugar. A taxa fluminense caiu de 55,3 para 34 mortes homicídios por 100 mil habitantes. Minas Gerais não ajudou a derrubar ainda mais a taxa da violência homicida no País. O Estado continua na mesma posição, 23º lugar. A taxa mineira passou de 8,6 para 19,6 homicídios por 100 mil habitantes, um crescimento de 2,26 vezes.
De acordo com o Mapa da Violência, apesar da grande precariedade nas informações disponíveis, as fontes são coincidentes em afirmar que:
- • As políticas desenvolvidas a partir de 2003 conseguiram estancar o íngreme crescimento da violência homicida que se vinha alastrando, desde 1980, sem solução de continuidade.
- • Nossos índices permanecem ainda extremamente elevados, tanto quando comparamos nossos indicadores com os de outros países do mundo quanto na percepção e temores da população sobre sua própria insegurança.
- • Nossa preocupação cresce quando verificamos que essa violência continua a ter como principal ator e vítima a nossa juventude. É nessa faixa etária, a dos jovens, que duas em cada três mortes se originam numa violência, seja ela homicídio, suicídio ou acidente de transporte.
- • Nas mortes no trânsito, depois das quedas ocasionadas pelo novo Código de Trânsito de 1997, em 2004, os números retornam ao patamar anterior e seguem crescendo a partir dessa data.
- • Os suicídios, por sua vez, continuam a não ter grande expressividade no país. Todavia, foi possível verificar a existência de um determinado número de municípios com índices exageradamente elevados, nos quais a totalidade ou a maior parte dos suicídios acontece nas populações indígenas, principalmente entre seus jovens.
Aos governadores dos Estados do Nordeste uma recomendação: perguntem a São Paulo como se MANIPULAM dados estatísticos de violência.
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