O Rio de Janeiro, mais conhecido como cidade maravilhosa, conhece também o lado não tão maravilhoso da vida e da administração pública. Há anos é palco de uma guerra civil velada. O poder público, que enquanto pôde, negou a existência do crime organizado, agora não admite que não está preparado para enfrentar as conseqüências da omissão e tampouco assume que não existe um planejamento efetivo e eficaz de segurança pública que realmente assegure ao cidadão o direito de ir e vir, vivo. Mas isso não é privilegio do Rio de Janeiro. É um problema nacional.
Sem planejamento, o que resta é apagar incêndios. E assim tem sido. Ações descoordenadas, mandos e desmandos, disse-me-disse, despreparo. Este é o resultado da ausência de gestão e coordenação de crise, que claro, não estão previstas em um planejamento estratégico de pequeno, médio e longo prazo, já que ele não existe.
Quando falo despreparo, não me refiro essencialmente à polícia, mas aos seus gestores. Há laranjas podres nas polícias, há. Assim como em qualquer profissão. Mas a polícia faz o que pode, com o que tem. Há patentes na cidade maravilhosa que ganham R$ 800 por mês! Você arriscaria sua vida por menos de 2 salários mínimos? A bomba explode, e vem as noticias: Estado terá mais recursos federais para Segurança. Não é uma questão de liberar mais ou menos recursos. Verdade seja dita: segurança pública não é prioridade. Um exemplo claríssimo: A CCJ reativará a subcomissão de Segurança Pública. Se segurança fosse prioridade, a subcomissão não seria desativada.
Saiba mais:
Despreparo que vem de cima
A prova maior disso vem pelo Twitter. O senador Delcídio Amaral (PT/MS) publicou recentemente em seu perfil no microblog: “Acredito que o mais sensato seria espalhar os presos de alta periculosidade entre os 4 presídios federais e não concentrá-los no MS”.
Quando vi a declaração, pensei: “Como são preparados nossos políticos!” O fato é que nossos representantes são especialistas em generalidades. Será que o honroso senador não leu “CVxPCC a Irmandade do Crime, o jornalista Carlos Amorim? Não leu PCC: A Facção, da também jornalista Fátima Souza? Vácuo do Poder e o Crime Organizado Brasil, de Edemundo Dias? Não... tenho certeza não!
Sabe porque? Por que esta básica literatura explica que o que era um fenômeno local, uma criminalidade ‘estadual’, ganhou dimensões nacionais porque as autoridades tiveram um insigth e pensaram: “Castigo é deixar esse sujeito longe da família”. Mas claro, não pensaram que estavam promovendo um intercambio de criminosos. O PCC, por exemplo, que nasceu em São Paulo, outro dia coordenou ação na Bahia, lembram? O crime organizado foi pulverizado.
Não adianta bloquear sinal de celular. O que tem que ser feito é não deixar entrar celular nas cadeias. Não tem que liberar criminosos de alta periculosidade para semiliberdade, tem é que mudar a legislação para que eles cumpram pena completa. Se a penitenciaria é de segurança máxima, não precisa temer. Não é senador? Não porque se preocupar, como no outro post: "Dá pra entender? Os 10 presos perigososbarbarizaram o Rio separados em 3 presídios. Imagine o que farão no MS?"
Não adianta querer legislar sobre o que não se entende senhor senador. O senhor, como pessoa pública e formadora de opinião, precisa ter certeza do que fala. E você eleitor, precisa ter certeza de onde deposita seu voto. Com uma dessa, você, morador do Mato Grosso do Sul (ou do Acre), coloca sua vida em risco.
Sem planejamento, o que resta é apagar incêndios. E assim tem sido. Ações descoordenadas, mandos e desmandos, disse-me-disse, despreparo. Este é o resultado da ausência de gestão e coordenação de crise, que claro, não estão previstas em um planejamento estratégico de pequeno, médio e longo prazo, já que ele não existe.
Quando falo despreparo, não me refiro essencialmente à polícia, mas aos seus gestores. Há laranjas podres nas polícias, há. Assim como em qualquer profissão. Mas a polícia faz o que pode, com o que tem. Há patentes na cidade maravilhosa que ganham R$ 800 por mês! Você arriscaria sua vida por menos de 2 salários mínimos? A bomba explode, e vem as noticias: Estado terá mais recursos federais para Segurança. Não é uma questão de liberar mais ou menos recursos. Verdade seja dita: segurança pública não é prioridade. Um exemplo claríssimo: A CCJ reativará a subcomissão de Segurança Pública. Se segurança fosse prioridade, a subcomissão não seria desativada.
Saiba mais:
Despreparo que vem de cima
A prova maior disso vem pelo Twitter. O senador Delcídio Amaral (PT/MS) publicou recentemente em seu perfil no microblog: “Acredito que o mais sensato seria espalhar os presos de alta periculosidade entre os 4 presídios federais e não concentrá-los no MS”.
Quando vi a declaração, pensei: “Como são preparados nossos políticos!” O fato é que nossos representantes são especialistas em generalidades. Será que o honroso senador não leu “CVxPCC a Irmandade do Crime, o jornalista Carlos Amorim? Não leu PCC: A Facção, da também jornalista Fátima Souza? Vácuo do Poder e o Crime Organizado Brasil, de Edemundo Dias? Não... tenho certeza não!
Sabe porque? Por que esta básica literatura explica que o que era um fenômeno local, uma criminalidade ‘estadual’, ganhou dimensões nacionais porque as autoridades tiveram um insigth e pensaram: “Castigo é deixar esse sujeito longe da família”. Mas claro, não pensaram que estavam promovendo um intercambio de criminosos. O PCC, por exemplo, que nasceu em São Paulo, outro dia coordenou ação na Bahia, lembram? O crime organizado foi pulverizado.
Não adianta bloquear sinal de celular. O que tem que ser feito é não deixar entrar celular nas cadeias. Não tem que liberar criminosos de alta periculosidade para semiliberdade, tem é que mudar a legislação para que eles cumpram pena completa. Se a penitenciaria é de segurança máxima, não precisa temer. Não é senador? Não porque se preocupar, como no outro post: "Dá pra entender? Os 10 presos perigososbarbarizaram o Rio separados em 3 presídios. Imagine o que farão no MS?"
Não adianta querer legislar sobre o que não se entende senhor senador. O senhor, como pessoa pública e formadora de opinião, precisa ter certeza do que fala. E você eleitor, precisa ter certeza de onde deposita seu voto. Com uma dessa, você, morador do Mato Grosso do Sul (ou do Acre), coloca sua vida em risco.
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