Vitor Abdala - da Agência Brasil
A região que inclui os bairros de Rocha Miranda, Madureira, Pavuna e Acari foi a área mais violenta do estado do Rio de Janeiro em 2009. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública, a chamada 9º Área Integrada de Segurança Pública (Aisp), que inclui mais de 20 bairros da zona norte da cidade, teve um índice de homicídios de 60,38 por 100 mil habitantes, quase o dobro da média do estado (34,6).
Depois da 9ª Aisp, aparece a região de Santa Cruz, Paciência e Sepetiba (27ª Aisp), na zona oeste, com uma taxa de 57,61 assassinatos por 100 mil habitantes. Já a terceira área com maior incidência de homicídios foi o município de Duque de Caxias (15ª Aisp), na Baixada Fluminense, com um índice 57,48 por 100 mil.
Em 2008, as três regiões já eram as mais violentas do estado do Rio de Janeiro, com a diferença que o município de Duque de Caxias liderara o ranking naquele ano. Para o pesquisador da área de segurança pública da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), João Trajano, isso mostra que existe um certo padrão na distribuição geográfica da violência no estado, que se repete ano após ano.
Segundo ele, faltam políticas específicas das autoridades de segurança para as áreas mais violentas. A própria política de policiamento comunitário do estado, a chamada Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), divulgada pelo governo do estado como uma das principais ações na área de segurança, foi iniciada em áreas menos violentas, como a zona sul da cidade, em vez do subúrbio.
“É possível e é desejável que essa política da UPP seja avaliada, aperfeiçoada e ajustada para ser levada para as áreas mais conflagradas. Mas é muito mais difícil implantar uma UPP nessas regiões. É mais simples intervir em áreas de menor densidade populacional, áreas menores e menos conflagradas do que no Complexo do Alemão”, disse Trajano.
O bairro de Rocha Miranda é também uma das áreas com maior número de roubos no estado, com uma taxa de 20,2 roubos para cada mil habitantes (atrás apenas da área de São Cristóvão, que tem uma taxa de 33,09) e também uma das regiões com mais mortes provocadas pela polícia, com um índice de 16,65 mortes para 100 mil habitantes (atrás de São Cristóvão, com taxa de 20,77 e da área de Bonsucesso/Complexo da Maré, com 19,8).
A menos violenta do estado foi a região dos municípios de Itaocara, Santo Antônio de Pádua, Miracema, Cambuci, Aperibé e São Sebastião do Alto, que teve uma taxa de 5,46 homicídios por 100 mil habitantes, um índice de roubos de 0,51 por mil e nenhuma morte provocada pela polícia.
“Acredito que isso tenha a ver com o baixo grau de urbanização, afinal é uma região mais rural que não tem esses problemas que a gente encontra em áreas mais densamente povoadas”, disse Trajano.
Estamos há cinco ou seis dias vitimas dos tiroteios na área entre o MERCADAO de Madureira e Vaz Lobo. Se os moradores podem pedir pela ocupação da PM conforme noticiado com a comunidade do Morro Azul (Flamengo!!!! E, mais uma vez, a prioridade pela Zona Sul) peço urgente que haja ocupação imediata. Motivos: Balas perdidas, pavor de ver crianças atingidas ou arrastadas pelo asfalto até a morte. Muito infeliz a declaração do Governador Sergio Cabral Filho ao dizer que os bandidos dos morros estão desesperados e por isso estão atacando nos asfaltos. No episódio do arrastão no Jardim Botânico, quem se desesperou foi a mãe de uma criança que estava segura no cinto de segurança quando os bandidos a atacaram. Memórias do assassinato do garoto João Helio que provavelmente o Governador e autoridades não memorizam.
ResponderExcluirAinda é muito violenta.
Será que o nosso Governador Sergio Cabral e Deputado Dionísio Lins, ambos, reeleitos, poderiam ler esse comentário.
NDL. Simplesmente para ter garantia de sigilo e prevenir contra violenta retaliação.