Por Cecília Olliveira
Já na mesa de abertura da II Conferencia Latino Americana e I Conferencia Brasileira sobre Políticas de Drogas, que acontece nos dias 26 e 27 de agosto, no Rio de Janeiro, ficou claro que o caminho para a discussão da Política no país é longo e cheio de pedras. A ausência dos Ministros da Saúde, José Gomes Temporão, e da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, deixa clara a ‘importância’ do tema no Brasil.
O discurso do Secretario Nacional de Políticas sobre drogas, Gen. Paulo Roberto Uchoa, ainda na abertura, mostra o tom retrógrado dado ao assunto. “Somos coerentes com a política de drogas. É impossível comparar nossa política com a americana. Não concordo com a política militarizada”, afirmou o general.
A discordância do general foi uma negativa à afirmação do diretor da organização não governamental Viva Rio, o antropólogo Rubem César Fernandes que disse que “é preciso desmilitar a política de drogas”. “A criminalização dos usuários os afasta do sistema de saúde, por temerem ser presos. A atual política proibicionista não é uma boa política de drogas”, afirmou o antropólogo.
Fracasso da Guerra as Drogas
“Esse modelo fracassou”. A afirmação é do secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, que assinalou que hoje os casos duvidosos acabam resultando em prisão do acusado. “Os Estados Unidos tem hoje 2 milhões de pessoas presas. É um absurdo. As pessoas são presas de acordo com a seleção que o sistema faz: pessoas sem acesso a direitos, negros e pobres”, disse.
De acordo com o secretário, apenas teoricamente o usuário não é criminalizado. “O maior número de presos são pessoas desarmadas, sem vinculo com o crime organizado, estavam sozinhas e portavam pequena quantidade de drogas”, assinalou.
Saúde Pública
“A troca de experiências e avanço na discussão do tema e avanço na concretização de medidas que permitam uma nova abordagem, mais humana, focada na saúde publica, é necessária”, afirmou a coordenadora da graduação da Faculdade Nacional de Direito, Luciana Boiteux.
O Coordenador de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, Pedro Gabriel Delgado, Coordenador de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, em nome do Ministro da Saúde, em nome do Ministro da Saúde lembrou que é preciso adotar abordagens que causem menos sofrimento, tal como o causa a criminalização. "É preciso que a política de Saúde Pública dê respostas nas áreas da inclusão social e da prevenção, e não na exclusão e estigmatização", afirmou.
A Conferencia, que termina amanhã (27), reúne autoridades e especialistas no tema para discutir mudanças nas políticas de prevenção e combate às drogas no Brasil e na América Latina e analisar os resultados da chamada guerra às drogas.
Já na mesa de abertura da II Conferencia Latino Americana e I Conferencia Brasileira sobre Políticas de Drogas, que acontece nos dias 26 e 27 de agosto, no Rio de Janeiro, ficou claro que o caminho para a discussão da Política no país é longo e cheio de pedras. A ausência dos Ministros da Saúde, José Gomes Temporão, e da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, deixa clara a ‘importância’ do tema no Brasil.
O discurso do Secretario Nacional de Políticas sobre drogas, Gen. Paulo Roberto Uchoa, ainda na abertura, mostra o tom retrógrado dado ao assunto. “Somos coerentes com a política de drogas. É impossível comparar nossa política com a americana. Não concordo com a política militarizada”, afirmou o general.
A discordância do general foi uma negativa à afirmação do diretor da organização não governamental Viva Rio, o antropólogo Rubem César Fernandes que disse que “é preciso desmilitar a política de drogas”. “A criminalização dos usuários os afasta do sistema de saúde, por temerem ser presos. A atual política proibicionista não é uma boa política de drogas”, afirmou o antropólogo.
Fracasso da Guerra as Drogas
“Esse modelo fracassou”. A afirmação é do secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, que assinalou que hoje os casos duvidosos acabam resultando em prisão do acusado. “Os Estados Unidos tem hoje 2 milhões de pessoas presas. É um absurdo. As pessoas são presas de acordo com a seleção que o sistema faz: pessoas sem acesso a direitos, negros e pobres”, disse.
De acordo com o secretário, apenas teoricamente o usuário não é criminalizado. “O maior número de presos são pessoas desarmadas, sem vinculo com o crime organizado, estavam sozinhas e portavam pequena quantidade de drogas”, assinalou.
Saúde Pública
“A troca de experiências e avanço na discussão do tema e avanço na concretização de medidas que permitam uma nova abordagem, mais humana, focada na saúde publica, é necessária”, afirmou a coordenadora da graduação da Faculdade Nacional de Direito, Luciana Boiteux.
O Coordenador de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, Pedro Gabriel Delgado, Coordenador de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, em nome do Ministro da Saúde, em nome do Ministro da Saúde lembrou que é preciso adotar abordagens que causem menos sofrimento, tal como o causa a criminalização. "É preciso que a política de Saúde Pública dê respostas nas áreas da inclusão social e da prevenção, e não na exclusão e estigmatização", afirmou.
A Conferencia, que termina amanhã (27), reúne autoridades e especialistas no tema para discutir mudanças nas políticas de prevenção e combate às drogas no Brasil e na América Latina e analisar os resultados da chamada guerra às drogas.
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